Alemães, japoneses, nigerianos, norte-americanos, iranianos, russos, mexicanos. A Copa do Mundo trará ao Brasil turistas das mais diferentes nacionalidades e culturas. E aqui vão algumas dicas, para aqueles que vão aproveitar esta oportunidade para ganhar um dinheirinho extra através do comércio, hospedagem, transporte e outros serviços aos turistas estrangeiros que aportarem por aqui.
É
importante, em primeiro lugar, conhecer os traços gerais da cultura de cada
país. Mas só isso não basta, cada pessoa carrega seus valores individuais,
familiares, profissionais e religiosos, o que influencia seus gostos e sua
maneira de ser. Ou seja: muitas vezes, grupos ou pessoas diferentes de um mesmo
país podem ter costumes bastante diversos.
publicidade
Nesse
ponto, os brasileiros têm um trunfo a seu favor: como a diversidade cultural já
é grande dentro do país, estamos acostumados a lidar com a diferença. Mesmo
assim é preciso ficar atento: existem certos comportamentos que nos parecem
comuns e que podem ser inconvenientes ou até mesmo ofensivos para outras
pessoas. “O primeiro passo é sempre estar atento aos detalhes. Devemos ver como
nós mesmos somos, ver a cultura dos outros e notar as diferenças logo de cara
para que então possamos saber a melhor forma de agir”, recomenda Simões.
Apesar de
cada cultura ter alguns traços comuns, não existe uma regra fixa para abordagem
ao visitante. “É preciso ter cuidado. Os alemães e norte-americanos, por
exemplo, costumam ser mais diretos e não se interessam muito por conversas
pessoais. Já os asiáticos e hispânicos são como nós, gostam de quebrar o gelo
com um assunto mais indireto. Mas existem exceções”.
No caso
das lojas, é essencial que os vendedores não fiquem muito “no pé” do cliente
para que ele tenha espaço para fazer suas escolhas. Também é preciso deixar bem
clara a forma de pagamento e nossa política de trocas. Na Europa, por exemplo,
é muito comum que uma pessoa compre algo e seja reembolsada se não gostar do
produto ou se este apresentar algum problema. Aqui isto raramente acontece.
“Em
muitas culturas, as pessoas não compram tanto por impulso. Elas preferem olhar,
analisar a necessidade do objeto e a possibilidade financeira, podendo voltar
várias vezes na loja até se decidir. Isso deve ser respeitado”, afirma Leila Rockert
de Magalhães, presidente da Global Culture, consultoria que atua com o tema da
diversidade cultural.
Já no
caso de restaurantes, ter o cardápio traduzido é sempre muito importante. Outra
medida que ajuda é ter uma pessoa capaz de explicar os pratos ao cliente em
inglês. Além disso, deve-se estar atento a itens do cardápio que podem ser
ofensivos para certas culturas. Os muçulmanos, por exemplo, não consomem
bebidas alcoólicas. “Eles têm de parar a cada hora para rezar, então é preciso
que o funcionário entenda e respeite isso. Os judeus, por outro lado, impedem
que suas filhas jovens tenham qualquer contato com homens. Se você passar a mão
na cabeça de uma menina judia, estará desrespeitando a crença deles”, alerta
Simões.
Não
ofereça serviços de má qualidade, não exagere os preços ou discuta sobre
religião. Evite ser invasivo, falar de política ou discutir crises econômicas e
sociais do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário